Cala-te Morgana ao avesso, e na minha boca costurada em farpados arames cala o urro que não bramido fecha as brumas mandando o Avalon ao inferno... A magia apodreceu junto com os deuses, e já não me interessam outros mundos de outras fétidas nuances da humanidade, filha torpe de deuses cômicos... Somente ainda malditos sonhos empesteiam minha alma como insetos... E o verme da esperança é imortal, como tudo o que sofre, e ri de meu calvário e já nem sei mais se são aberrações... ou se serei eu. E que nada a não ser palavras toque nenhum estúpido com réstia de bom-senso, já que nenhuma maldição faz sentido, por não ter promessa mais amarga que a realidade. Em nome da vaidade, da tristeza e do amor... Amém
Nada mais que uma matilha de chacais a pretensa sociedade atual. Não há lealdade maior que o interesse nem sensibilidade maior que o ego. Sôfrega trôpega, a honra balbucia cânticos semi esquecidos de esperança ao pó da terra amaldiçoada, e seus ecos são delicadamente oferecidos de volta embrulhados em falácias, com mais um anzol a perfurar a boca ímpia que escorre de iras caladas por tristes frustrações...
Mas não é a miragem que esmorece o beduíno, pois que é feita de ilusão, e não sólida e eterna como meu caráter. E caiam como trigo os espíritos detritos envoltos em corpos vistosos e meneantes olhares magnéticos; não perderá em mil mortes o fio da espada de minha dignidade! Aos que têm fome de vaidade, ofereço-me a devorar, embora não seja eu ração de seu ego, mas é infinita a generosidade da fonte da completude de onde alimento a vaidade te enchendo de mais e mais vazios. A fome eterna dos vivos-mortos, reais em corpos e mentes procuram almas, pois da sua perdida, vendida por imagens, o sustentáculo do digno, caráter, ética, honra, da verdade, lealdade, honestidade, clareza, do íntegro, verdadeiro, transparente, generoso, construtivo, prestimoso, do mútuo, aliado, da empatia; veio a beleza da imagem em fantasia, ladeada por mentiras douradas, toda sorte de brilhantes orgulhos e jóias estereótipas... Feitos de vazios, têm fome de aprender em uma língua que já não compreendem, não podem agarrar o que desejam obter com suas mãos tão afeitas a acariciar que não mais são capazes de amparar, olhos pidões que vêem aparências mas não expressões, embora distinguam entre brilhos de pedras preciosas e lágrimas, observam sem enxergar, desejam sem mais saber querer um sentir que não cabe mais em um coração que já não bate, negocia... O irmão ao seu lado está em pé, mas entremeia o olhar paralelo ao seu, mirando um mesmo horizonte em destino, com furtivos olhares perpendiculares a vigiar-te... A mão que pede clemência oferecendo espinhos de curare te chama a brindar com cicuta por tua própria desgraça regada a lágrimas sem sal ou sentimento, mas com objetivos... Onde estarão os bravos do punho cerrado e dos fios do bigode e da navalha? Onde estarão as filhas da Lua de sentimentos, planos e esperanças? Onde estarão os astros que todos já me parecem cadentes onde não sei mais o que é universo e o que é soberba? Ainda serei eu o maior e último dos idiotas, e nunca haverá uma decadente humanidade que não tenha provado o gosto da minha integridade e ficado em pé. Matarei a todos sem crueldade, pois que morrerão no cáustico horror do reflexo em espelho de Medusa. E será divindade o que terei, ainda que sozinho, se esta for minha sina; mas não me renderei ao senso comum de devorarem-se as carniças. Do suor, vinho; do pó da estrada, gozo; das ilusões, possibilidades; do impossível, arte. E deuses, sigam suas naturezas e dêem-me o que acharem por bem. Não lhes dirijo apelos ou lamentos; troçando ou testando, desaprovo esse meio, pois íntegro os segrego lugares ao meu lado. Acima de mim, só o céu infinito.
Dario Pendragon
Cobre-me a noite de veludo, negra como poço insondável. A quaisquer deuses eu saúdo pela minha alma inconquistável.
Que nas garras da circunstância Não recuei nem deplorei. E sob os jugos da inconstância Sangrou-me a fronte, e não tombei.
Além do vale de ira e pranto, surge o horror do ermo lugar; a ameaça dos anos, no entanto, sem temor deve me encontrar.
Como o punir está lavrado, que importa se é estreito o portão: sou mestre do meu próprio fado, de minha alma sou capitão.
Tradução: Wagner Schadeck
Invictus
Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.
#
Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.
Eu lembro que meu poema falava em prosa do teu ventre olimpo, vindo na deusa florada... flôr que em meus beijos emana doce hidromel... sacia minh’alma, ressalta demônios, os alimenta dentro de mim...estão em busca de vingar tal sede insana...
de adentrar tal fonte de vida e morte...
Te penetro como ao teu âmago, e tu respiras como se não soubesse se vivia ou morria...
...mas se você deixar eu mando eu te comer com ou sem métrica... em prosa e verso, soneto e canção...
Como precisamos do Sol, do vento, da água...
Precisamos da pele, do cheiro, do gosto, do toque...
Do saber silencioso da presença imanifesta.
Os corpos precisam ter suas emanações entrelaçadas, precisam do saber do encontro iminente.
Minha intensidade nao permite que meras realidades cabais me distanciem das minhas vontades...
Porque meu sentimento é maior que o mundo.
The themes in Audrey Kawasaki's work are contradictions within themselves. Her work is both innocent and erotic. Each subject is attractive yet disturbing. Audrey's precise technical style is at once influenced by both
manga comics and Art Nouveau. Her sharp graphic imagery is combined with the natural grain of the wood panels she paints on, bringing an unexpected warmth to enigmatic subject matter.
É ela clara e ácida que o meu amor declina
Algo de repulsa por meu desejo e arfar e afã
Pela minha boca faminta e minha esperança vã
Por todo calor de querer a flor que germina
Doem-me as costelas que te continham, meu coração... E me dói o tempo, no qual não cabe espaço de ausência forma disforme sem razão Dos banquetes arrazoa-me a incompletude do ser, metade perdida e encontrada de mim, onde o desparir é antecedido pelo sofrimento atroz Não estar prenúncio, supernova cremando sóis onde molhas minha carne no gemer criador Anti-matéria, razão-inversa da entropia cosmocêntrica, desafia o futuro não sendo em mim Vida se me brota do inerte estar o ser contigo Nosso amor absoluto em paz e volúpia. Teu começo e fim, perfeição enfim, universo em si.
Minha além do amor primeva e última, portadora do meu sentir, detentora do meu estar, outra parte do meu ser...
"Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
Mastigadinho pra você começar simplesmente, sem gastar nada, devagarinho a se informar e contribuir fazendo a diferença por causas nobres e que não envolvem SÓ você.
O mínimo humano que se pode fazer pelo impedimento da construção mais desumana e ilógica da Brasil, só está indo adiante movida por lobbys e interesses obscuros diversos.
Diga NÃO a barragem de Belo Monte ! http://www.avaaz.org/po/stand_with_chief_raoni/?fp
Você pode se sentir humanamente mais confortável nesse planeta se você souber que não foi totalmente passivo e conivente com um dos maiores assintes a um dos maiores biomas do planeta.
Diga NÃO ao novo e absurdo Código Florestal ! https://secure.avaaz.org/po/codigo_florestal_urgente/?r=act
O ser humano é um ser social. E vivendo em conjunto foi desenvolvendo sociedades. E elas tomaram caminhos...
Em que momento as lideranças responsáveis pela administração do todo tangente aos demais componentes se separou tanto a ponto de ser independente dos pensares da própria sociedade ? Quando deixei de ser cidadão e passei a ser refém ??
E a passividade me assusta...
Pouquíssimos se interessam pelos assuntos que dizem respeito a si mesmos. Dos que se interessam
"Deuses ! Relevai meus pecados... que já tantos outros minha fome atina." D Pendragon
"Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite." !... Clarice Lispector
“Como a brilhante luz do zênite que caracteriza o pleno conhecimento das coisas e a comunhão ativa com Deus, eu me dirijo para o Norte, para a bruma e o frio, abandonando em todas as partes por onde passo algumas parcelas de mim mesmo, gastando-me, mas sempre deixando um pouco de força, até que seja fixado o fim da minha jornada, na hora em que a rosa florescer sobre a cruz. Eu sou Cagliostro.”
Em dado momento da minha vida estava eu apaixonado... e falava com minha musa por estes meios virtuais quando ela me deu um verso de Florbela Espanca. Ao que respondi em poesia.. e ela me falando versos de Florbela e eu criando tão fluentemente... dialogando...
E esta foi a Gênese do poema
Elegia em Diálogo
De Trina Amarantha (Bebê) por Florbela Espanca e O Silmarillion por Dario Weisheimer
E u trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.
"Quatro peitos aos quatro ventos Profusão de línguas e sentidos Três peles e sabores, dissabores e suores Vejo um par de olhos abertos, que me olham Vejo outro fechado que me abocanha O que me olhava se fecha quando abocanho O outro se abre quando estapeio Me molha as entranhas tamanho devaneio... A trindade, perversão perfeita Forma equilátera, equilátego Em ângulos de sexos e bocas Flores da vida em meu canto e em meu falo Falam gemidos três vozes de bocas cheias Pluralidades diversas, devassas, famintas, devotas Meu coração reparto, ofereço as metades Meu sêmem uno à meladas vaginas E bato e apanho, carinham ferinas Meu sangue escorre, 'bebam meninas'"
É preciso que se libertem, não por minha causa, mas apesar de mim. Toda vida e, especialmente nos últimos meses, tenho lutado para ser livre - livre de meus amigos, meus livros, minhas associações. Vocês devem lutar pela mesma liberdade. Deve haver uma constante inquietação interior. Segurem um