ativismo, poesia e o que mais eu quiser.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

INVICTVS - William E. Henley



INVICTVS

(Tradução dedicada a Dario Pendragon)


Cobre-me a noite de veludo,
negra como poço insondável.
A quaisquer deuses eu saúdo
pela minha alma inconquistável.


Que nas garras da circunstância
Não recuei nem deplorei.
E sob os jugos da inconstância
Sangrou-me a fronte, e não tombei.


Além do vale de ira e pranto,
surge o horror do ermo lugar;
a ameaça dos anos, no entanto,
sem temor deve me encontrar.


Como o punir está lavrado,
que importa se é estreito o portão:
sou mestre do meu próprio fado,
de minha alma sou capitão.


Tradução: Wagner Schadeck

Invictus

Autor: William E Henley
Tradutor: André C S Masini

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

#


Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Te Possuindo em Verso e Prosa

“L’enlèvement de Psyché”
William Adolphe Bouguereau
1895
óleo sobre tela


Te Possuindo em Verso e Prosa

Eu lembro que meu poema falava em prosa do teu ventre olimpo, vindo na deusa florada... flôr que em meus beijos emana doce hidromel... sacia minh’alma, ressalta demônios, os alimenta dentro de mim...estão em busca de vingar tal sede insana...
de adentrar tal fonte de vida e morte...
Te penetro como ao teu âmago, e tu respiras como se não soubesse se vivia ou morria...
...mas se você deixar eu mando eu te comer com ou sem métrica... em prosa e verso, soneto e canção...
...com força tapas mordidas e rimas

Dario Pendragon

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Distante

Study for "Death Seizing a Woman"
Käthe Kollwitz




Como precisamos do Sol, do vento, da água...
Precisamos da pele, do cheiro, do gosto, do toque...
Do saber silencioso da presença imanifesta.
Os corpos precisam ter suas emanações entrelaçadas, precisam do saber do encontro iminente.
Minha intensidade nao permite que meras realidades cabais me distanciem das minhas vontades...
Porque meu sentimento é maior que o mundo.


                                                                Dario Pendragon

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Escuridão


Profanei os arcanos mais sagrados
O sangue do meu irmão é belo na lâmina
E na minha mão
Oh Deuses perdoem tantos pecados
Que já tantos outros minha fome atina
Devassidão
A areia tão fina por entre meus dedos se esvai
É quando se me mostra o preço do medo escondido
Coração
Morra órgão maldito, sois tú, rôto e vil, que me trai
Porisso, no fim, tem gosto de sangue o amor sentido
Escuridão

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Audrey Kawasaki

"She Who Dares"
(Ela Quem Se Atreve)
óleo e grafite sobre madeira
2008




"Aisai 1"
óleo sobre madeira
2006

The themes in Audrey Kawasaki's work are contradictions within themselves. Her work is both innocent and erotic. Each subject is attractive yet disturbing. Audrey's precise technical style is at once influenced by both
manga comics and Art Nouveau. Her sharp graphic imagery is combined with the natural grain of the wood panels she paints on, bringing an unexpected warmth to enigmatic subject matter.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Liberdade


É ela clara e ácida que o meu amor declina
Algo de repulsa por meu desejo e arfar e afã
Pela minha boca faminta e minha esperança vã
Por todo calor de querer a flor que germina

Só com esse látego a me sangrar ensina

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Carne da Minha Carne


Doem-me as costelas que te continham, meu coração...
E me dói o tempo, no qual não cabe espaço de ausência forma disforme sem razão
Dos banquetes arrazoa-me a incompletude do ser, metade perdida e encontrada de mim, onde o desparir é antecedido pelo sofrimento atroz
Não estar prenúncio, supernova cremando sóis onde molhas minha carne no gemer criador
Anti-matéria, razão-inversa da entropia cosmocêntrica, desafia o futuro não sendo em mim
Vida se me brota do inerte estar o ser contigo

Nosso amor absoluto em paz e volúpia. Teu começo e fim, perfeição enfim, universo em si.
Minha além do amor primeva e última, portadora do meu sentir, detentora do meu estar, outra parte do meu ser...


  Dario Pendragon 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

SINTO VERGONHA DE MIM - Cleide Canton / Rui Barbosa



"Sinto vergonha de mim…
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Contribua ! Divulgue ! Ajude ! Se interesse ! Humanize−se !

Mastigadinho pra você começar simplesmente, sem gastar nada, devagarinho a se informar e contribuir fazendo a diferença por causas nobres e que não envolvem SÓ você.

O mínimo humano que se pode fazer pelo impedimento da construção mais desumana e ilógica da Brasil, só está indo adiante movida por lobbys e interesses obscuros diversos.
 Diga NÃO a barragem de Belo Monte !
http://www.avaaz.org/po/stand_with_chief_raoni/?fp

Você pode se sentir humanamente mais confortável nesse planeta se você souber que não foi totalmente passivo e conivente com um dos maiores assintes a um dos maiores biomas do planeta.
 Diga NÃO ao novo e absurdo Código Florestal !
https://secure.avaaz.org/po/codigo_florestal_urgente/?r=act

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cidadão célula de uma sociedade ou refém de um estado despótico elitista ?



 O ser humano é um ser social. E vivendo em conjunto foi desenvolvendo sociedades. E elas tomaram caminhos...
 Em que momento as lideranças responsáveis pela administração do todo tangente aos demais componentes se separou tanto a ponto de ser independente dos pensares da própria sociedade ? Quando deixei de ser cidadão e passei a ser refém ??
 E a passividade me assusta...
 Pouquíssimos se interessam pelos assuntos que dizem respeito a si mesmos. Dos que se interessam

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Entrevista com a grande sentidora em seu último ano de vida.

"O Pensador"
A. Rodin
1880-1902
escultura em bronze

"Deuses ! Relevai meus pecados... que já tantos outros minha fome atina."
D Pendragon


"Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem das chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas. Pois eu também sou o escuro da noite." !...
 Clarice Lispector


“Como a brilhante luz do zênite que caracteriza o pleno conhecimento das coisas e a comunhão ativa com Deus, eu me dirijo para o Norte, para a bruma e o frio, abandonando em todas as partes por onde passo algumas parcelas de mim mesmo, gastando-me, mas sempre deixando um pouco de força, até que seja fixado o fim da minha jornada, na hora em que a rosa florescer sobre a cruz. Eu sou Cagliostro.”



"Encarando, então, a Beleza como a minha

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diálogo com Trina e Florbela

 Em dado momento da minha vida estava eu apaixonado... e falava com minha musa por estes meios virtuais quando ela me deu um verso de Florbela Espanca. Ao que respondi em poesia.. e ela me falando versos de Florbela e eu criando tão fluentemente... dialogando...
 E esta foi a Gênese do poema


Elegia em Diálogo
De Trina Amarantha (Bebê) por Florbela Espanca e O Silmarillion por Dario Weisheimer


E u trago-te nas mãos o esquecimento
Das horas más que tens vivido, Amor!
E para as tuas chagas o ungüento
Com que sarei a minha própria dor.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

4 Peitos aos 4 Ventos














"Quatro peitos aos quatro ventos
Profusão de línguas e sentidos
Três peles e sabores, dissabores e suores
Vejo um par de olhos abertos, que me olham
Vejo outro fechado que me abocanha
O que me olhava se fecha quando abocanho
O outro se abre quando estapeio
Me molha as entranhas tamanho devaneio...
A trindade, perversão perfeita
Forma equilátera, equilátego
Em ângulos de sexos e bocas
Flores da vida em meu canto e em meu falo
Falam gemidos três vozes de bocas cheias
Pluralidades diversas, devassas, famintas, devotas
Meu coração reparto, ofereço as metades
Meu sêmem uno à meladas vaginas
E bato e apanho, carinham ferinas
Meu sangue escorre, 'bebam meninas'"


  D Pendragon

terça-feira, 31 de maio de 2011

Uma profecia de Lord Byron...

Trevas


Eu tive um sonho que não era em todo um sonho
O sol esplêndido extinguira-se, e as estrelas
Vagueavam escuras pelo espaço eterno,
Sem raios nem roteiro, e a enregelada terra
Girava cega e negrejante no ar sem lua;
Veio e foi-se a manhã - Veio e não trouxe o dia;
E os homens esqueceram as paixões, no horror

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Krishnamurti - A Verdade é uma terra sem caminhos...

É preciso que se libertem, não por minha causa, mas apesar de mim. Toda vida e, especialmente nos últimos meses, tenho lutado para ser livre - livre de meus amigos, meus livros, minhas associações. Vocês devem lutar pela mesma liberdade. Deve haver uma constante inquietação interior. Segurem um

terça-feira, 24 de maio de 2011

Minhas segundas intenções...

"Minhas segundas intenções são frequentemente presentes, mas nunca mais sinceras que as primeiras. Quero sempre mais ! Querer menos me é insuficiente. Não cultivo não quereres." D.P.

Zeitgeist: Addendum (2)

Depois de uma visão geral e pouco etnocêntrica da civilização romano/cristã/aristotélica/monetarista, onde refletimos desde sobre nossos fundamentos na religião, ou antes dos antropológicos, pelos culturais e pedagógicos e comportamentais; agora nos focamos em aprender como funciona a engrenagem do nosso sistema de sociedade hoje e; de longe o mais importante, alternativas.

Vídeo (legendado em português) na íntegra no google vídeos:
http://video.google.com/videoplay?docid=7065205277695921912#docid=-1459932578939373300

Para download direto (http) em alguns formatos (se não sabe qual baixar, baice o primeiro - windows media 797.1mb):
http://www.archive.org/details/Martinhocarlosrost-ZeitgeistAddendumLegendadoPTBR736

Download por torrent:
http://www.4shared.com/file/BpTyQ3e2/Zeitgeist_-_Addendum_-_Legenda.html

Type O Negative - Love You To Death

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mergulhando...

 Eu sou um mergulhador.
 A superfície da água tem diferentes belezas... Por vezes é bonita em seu reflexo, aos olhos que observam a superfície. Mas é realmente bonita quando cristalina.
 Quando a superfície não é clara,

Indizível...

No Curitiba Master Hall
com a presença do tatuado e embasbacado Dario

sábado, 21 de maio de 2011

Agreste - Dario Pendragon

"Inferno
Imagens confusas... sobrepostas... opacas e brilhantes... Nítidas e obscuras...
Obscuras e brilhantes... como um vulto de costas para o Sol
Nítidas e Opacas... matéria e espírito
Confuso.. como quando não sei se amo ou odeio
A fúria é terrível !

Danzig - I'm The One

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Liberdade

Liberdade

É ela clara e ácida que o meu amor declina
Algo de repulsa por meu desejo e arfar e afã
Pela minha boca faminta e minha esperança vã
Por todo calor de querer a flor que germina

Só com esse látego a me sangrar ensina
Oh Mãe das mães, no Avalon da Lua o clã

The Cult - White



White
Shining
Shining brightly
Pure crystal snow
White
Oh, virgin

White
White
Shining
Shining brightly
White
Yeah, white
Shining
Shining bright

Camões - "Busque Amor novas artes, novo engenho"

 A Girlmisfits falou sobre a dor fingida... Sobre engenho e arte...
Eis que um velho poeta já falou sobre isso,  com alguns louros.
Sendo eu devoto dos sentires  bem antes dos pensares,
 a mim que venha o engenho da arte, como em platônica filosofia,
 onde "a arte imita a natureza.".  


Busque Amor novas artes, novo engenho
Pera matar-me, e novas esquivanças,
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!
Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, enquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê,

Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como e dói não sei porquê.

Luís de Camões



Zeitgeist - Um filme sobre você

 Esse filme/dpcumentário é sobre você, eu, nós, o mundo, a história e o que talvez escape à nossa atenção. Destinar-se a um filme assim, ao invéz dos cotidianos estímulos de desfrute e consumo como comida, música e filmes, é um investimento.
 Sim, isso pode mudar sua vida... e a nossa...


Download 
http://www.megaupload.com/?d=46XRCM97

torrent
http://thepiratebay.org/torrent/4679484/Zeitgeist_-_Final_Edition_-_Legendado_(with_subtitles)_PT-BR

torrent pra gravar dvd
http://thepiratebay.org/torrent/5029099/ZEITGEIST_1_E_2_-_DVD_ISO_-_AVI_-_LEGENDAS_PORTUGUES

No youtube legendado part 1 (tem todas)
http://www.youtube.com/watch?v=rdIeqGKfUD8


divulgue !

terça-feira, 17 de maio de 2011

The Raven - Edgar Allan Poe 1845 (original em inglês e tradução de Gondim da Fonseca)



Once upon a midnight dreary, while I pondered, weak and weary,

Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,

While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of someone gently rapping, rapping at my chamber door.
" 'Tis some visitor," I muttered, "tapping at my chamber door;

Only this, and nothing more."


Mestre Poe e a Poesia Perfeita

             “O Corvo” é a poesia perfeita.
            Poe é exaltado como escritor, mais que merecidamente. Um ultra-romântico meio entre Bram Stocker e Tarantino, o cara é o início da literatura americana por ela mesma.
Mas é como poeta que é irretocável, imortal e alcançou a poesia perfeita. E ainda fez questão de dizer que foi fácil e que era o cara e que tudo que romantizavam era mentira. Matou a cobra e mostrou o pau, o motherfucker...
 Só que, em minha opinião (que de humilde nunca tem nada), o que se fala sobre O Corvo e Poe é mentira. Inclusive o que ele mesmo fala.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Cravo Meus Dentes

Cravo meus dentes em ti, minha vampira...
 E as lágrimas que me rolam nas faces misturam-se ao sangue teu que me escorre ao canto da boca... Tal qual me lembro do meu sêmem no teu rosto angelical...
 A boca roxa, os olhos negros parados e sem brilho... Já não mais tens olhos pidões me querendo

domingo, 15 de maio de 2011

Genesis...

"Ñanderú desdobrou-se de si próprio na noite eterna..." Guaranis
"Eu sou Poimandres, a mente da soberania absoluta..." Trimegistro
"Havia Eru, o único, que em Arda era chamado Ilúvatar..." Tolkyen
"E no princípio era o Verbo..." João

 E são inúmeras as vozes que relataram as origens... Talvez essa de João seja, aqui, a mais apropriada,